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VELHO, Manuel (1754-n.d.)

Manuel Velho [b. Alcáçovas, 1754-10-2 / f. Alcáçovas, depois de 1827] é filho de Diogo Fernandes e de Maria Velha, sendo o mais novo de nove irmãos. Casa, a 14 de Maio de 1780, com Brizida Maria, filha do chocalheiro Francisco José, de quem terá oito filhos. Dois deles, José do Carmo Velho e Diogo Fernandes Farto, seguirão o ofício do pai, tal como alguns dos seus descendentes, assim como os filhos de sua filha Maria Brizida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim (segundo).
A primeira referência documental conhecida que apresenta Manuel Velho como oficial de chocalheiro data de 25 de Maio de 1795 e trata-se de uma escritura referente à venda de uma casa situada na Rua do Passo, a qual confronta a ?sul com casas de Manoel Velho xocalheiro?. Esta é também a referência mais antiga à sua casa (e muito provavelmente oficina), a qual irá sempre habitar, situada na dita rua. Foi também proprietário de olivais e vinhas.
A 14 de Fevereiro de 1819, Manuel Velho é eleito pelos oficiais da Câmara de Alcáçovas para o cargo de Juiz de Ofício de Chocalheiro, sucedendo a António Carvalho Sim Sim.
Sabia escrever, assinava o seu nome.

Biografia

Manuel Velho [b. Alcáçovas, 1754-10-2 / f. Alcáçovas, depois de 1827] é filho de Diogo Fernandes e de Maria Velha, neto paterno de Diogo Fernandes e de Maria da Ressurreição e materno de Manuel Velho de Oliveira e de Ângela da Conceição, todos naturais de Alcáçovas. Foi baptizado na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo seus padrinhos João de Mira, solteiro, filho de Francisco de Mira, e Helena de Barros, solteira, filha de João Dias de Carvalho. Teve oito irmãos, sendo ele o mais novo: Francisco, Leonor Maria, Catarina Joaquina, Brizida, Teresa da Conceição (que será mãe do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, primeiro do nome), João Fernandes Farto, José Fernandes Farto e Rodrigo Simão Farto.
A 14 de Maio de 1780, casa com Brizida Maria, filha do chocalheiro Francisco José e de Esperança Maria de Jesus, também natural de Alcáçovas, e irmã do chocalheiro João António Passão, tendo sido testemunhas Luís Fragoso Velho Rodovalho e João Dias de Carvalho, filho de João Dias de Carvalho e de Maria Dias "Pasoa" [Passão]. Do casamento nasceram oito filhos: Francisco Velho (b. 1780); Esperança (b. 1782, falece em criança); José do Carmo Velho (b. 1784); Ângela Maria (b. 1786); Esperança Maria Velho (b. 1788); Diogo Fernandes Farto (b. 1789); Maria Brizida (b. 1791) - que vem a casar com o chocalheiro António Carvalho Sim Sim - e Joana Rosa (b.1793).
Os seus filhos José do Carmo Velho e Diogo Fernandes Farto seguirão também o ofício de chocalheiro, assim como alguns dos seus descendentes, bem como os quatro filhos de sua filha Maria Brizida.
A sua mulher, Brizida Maria, "filha de Francisco José oficial de xucahare", ainda solteira, ingressa na Ordem Terceira da Penitência de Alcáçovas (1776), assim como o farão as suas filhas Esperança Maria, em 1810, e Joana Rosa, já em 1855.
Foi padrinho de baptismo de uma filha (Esperança, b. 1792) do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, seu sobrinho, filho de sua irmã Teresa da Conceição.
A referência documental mais antiga (localizada até ao momento) que apresenta Manuel Velho como oficial de chocalheiro data de 25 de Maio de 1795 e trata-se de um registo notarial referente à venda de uma casa situada na Rua do Passo, que Luís Jacinto Fragoso compra a Ricardo Barreto e sua mulher Joana Clara Barrela, a qual confronta a "sul com casas de Manoel Velho xocalheiro". Esta é também a referência mais antiga à sua casa (e muito provavelmente oficina), a qual irá sempre habitar, situada na mesma Rua do Passo e que será referida em outro acto notarial, igualmente em descrição de confrontações (1811). Manuel Velho e Brizida Maria foram ainda proprietários de mais uma morada de casas, localizada na Rua Nova, que herdaram por morte de seu filho Francisco Velho e "que consta de seis casas térreas, cavalariças, quintal e poço", as quais "partem do nascente com a dita rua [Rua Nova], do norte com casas e quintal de António Correia, do sul com casas e quintal de Francisco Carvalho de Assunção e do poente com a Rua das Amadas", conforme registado em escritura pública datada de 9 de Setembro de 1823. Neste registo notarial, Manuel Velho e Brizida Maria fazem uma permuta com o seu filho José do Carmo Velho, com o consentimento de todos os filhos e irmãos respectivamente, cedendo-lhe a mencionada casa na Rua Nova em troca de um olival localizado no sítio do Matinho, coutos da vila de Alcáçovas, "que [José do Carmo Velho] houve por compra a Angélica Correia, que confronta do nascente e sul com fazenda de seus pais, do norte com azinhaga ou serventia pública e do poente e mais sul com terra do dito Matinho".
Manuel Velho foi também detentor de outras propriedades. Em 1793, realiza uma permuta com seu irmão e cunhada, Rodrigo Simão Farto e Eugénia Maria, trocando Manuel Velho e sua mulher, Brizida Maria, parte de uma vinha situada no Vale de Alcácer, a qual havia sido separada para pagamento de dividas de seus pais (Diogo Fernandes e Maria Velha), já falecidos, por um olival pertencente a dito seu irmão e cunhada, situado também no mesmo sítio, e que confrontava a nascente com outro olival pertencente a Manuel Velho. Um destes olivais - mencionados em descrição de confrontações, como sendo sua propriedade, numa escritura de compra e venda de um outro olival que este seu irmão adquirirá em 1811 - será vendido a Francisco Carvalho de Assunção em 1819.
Manuel Velho e Brizida Maria forão também proprietários de um "curralinho com suas oliveiras", situado no sítio da Estanquinha, junto ao caminho para o Poço Novo, em Alcáçovas, o qual haviam herdado do sogro e pai, respectivamente, o chocalheiro Francisco José, e que venderão em Maio de 1811 a Tomé Joaquim, almocreve, pela quantia de 96 mil réis, sendo testemunha do acto notarial o chocalheiro António José.
Segundo João Rosa, António Carvalho Sim Sim, Juiz do ofício de Chocalheiro, faz exame a um Manuel Velho, em 1815, considerando-o apto para o exercício de oficial de chocalheiro, conforme consta da respectiva Carta de examinação que este autor terá visto em Alcáçovas, na posse de particular. Não se sabe se se trata de Manuel Velho, filho de Diogo Fernandes e Maria Velha, ou se será de outra pessoa homónima (parente?), mas cujo registo ainda não se localizou.
No entanto, a 14 de Fevereiro de 1819, Manuel Velho é eleito pelos oficiais da Câmara de Alcáçovas para o cargo de Juiz de Ofício de Chocalheiro, sucedendo a António Carvalho Sim Sim. É também eleito nessa data para o cargo de escrivão do mesmo ofício o seu filho José do Carmo Velho, também chocalheiro.
Na documentação subsistente produzida pela extinta Câmara de Alcáçovas, Manuel Velho apenas surge ainda como testemunha de arrematação da marchantaria para o ano de 1795, sendo arrematante Gregório Pires, e como fiador de Vitorino José Abrantes no processo de arrematação da Siza para o ano de 1813.
Em 1827, faz o seu testamento, sendo testamenteiro António Correia Meno.
Sabia escrever, assinando sempre o seu nome.

Cronologia

[[1765-1774]]
Baptismo de seu sobrinho Diogo [José Fernandes]
Baptismo de seu sobrinho Diogo, filho de seu irmão José Fernandes Farto e de Theresa de Jesus, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos da criança seus tios Manuel Lourenço, viúvo de Catarina Maria, e Brízida Maria. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 11, fl. 6-6v]

[17??]
Baptismo de seu irmão José
José Fernandes Farto, filho de Diogo Fernandes e de Maria Velha [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. ??, fl. ??]

[17??]
Baptismo de seu irmão Rodrigo
Baptismo de Rodrigo [Simão Farto], irmão de Manuel Velho?.. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. ??, fl. ??]

[1815-??-16]
Exame para o exercício de oficial de chocalheiro (?)
Segundo João Rosa, António Carvalho Sim Sim faz exame a um Manuel Velho considerando-o apto para o exercício de oficial de chocalheiro, conforme consta da respectiva Carta de examinação que este autor terá visto em Alcáçovas, na posse de particular. Não se sabe se se trata de Manuel Velho, filho de Diogo Fernandes e Maria Velha, ou se será de outra pessoa homónima (parente?), mas cujo registo ainda não se localizou. [ROSA, João, ?Alcáçovas, Terra dos chocalhos?, Separata de A Cidade de Évora, 1960-61, p.6]

[1730-11-05]
Casamento dos pais de Manuel Velho
Diogo Fernandes, filho de Diogo Fernandes e de Maria da Ressurreição, casa com Maria Velha, filha de Manuel Velho de Oliveira e de Ângela da Conceição, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo testemunhas o Padre João Luís Alfeirão e Pedro Dias Leal. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 19, fl. 67]

[1741-10-22]
Baptismo de seu irmão João [Fernandes Farto]
É baptizado, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, João [Fernandes Farto], filho de Diogo Fernandes e de Maria Velha e irmão de Manuel Velho. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 8, fl. 55]

[1754-10-02]
Baptismo de Manuel Velho
Manuel, filho de Diogo Fernandes e de Maria Velha, neto paterno de Diogo Fernandes e de Maria da Ressurreição e materno de Manuel Velho de Oliveira e de Ângela da Conceição, é baptizado na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo seus padrinhos João de Mira, solteiro, filho de Francisco de Mira, e Helena de Barros, solteira, filha de João Dias de Carvalho. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 9, fl. 51-51v]

[1764-08-05]
Casamento de seu irmão, José Fernandes Farto
José Fernandes Farto, irmão de Manuel Velho, casa com Teresa de Jesus, também natural de Alcáçovas, filha de Manuel Correia e de Isabel Pires, sendo testemunhas o Doutor João de Faria Patto e António Gomes Duarte de Andrade. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 20, fl. 7]

[1776-11-24]
Ingresso de sua futura mulher, Brizida Maria, na Ordem Terceira
Brizida Maria ?solteira, filha de Francisco José oficial de xucalhare?, que vem a casar mais tarde com Manuel Velho, toma o hábito da Venerável Ordem Terceira da Penitencia de Alcáçovas. O assento é assinado pelo secretário da Ordem Domingos Pires Farto. [A.P.A., Livro de Receições, Profições e acórdãos dos irmãos da 3ª Ordem da Penitência da Vila das Alcáçovas, 1673-1879, fl. 60]

[1780-05-14]
Casamento com Brízida Maria
Manuel Velho casa com Brízida Maria, filha do chocalheiro Francisco José e de Esperança Maria, também natural de Alcáçovas. Foram testemunhas Luís Fragoso Velho Rodovalho, casado com Maria Antónia, e João Dias de Carvalho, filho de João Dias de Carvalho e de Maria Dias Pasoa [Passão]. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 20, fl. 96v]

[1780-09-18]
Baptismo de seu filho Francisco
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam seu filho Francisco, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos o chocalheiro João António [Passão], filho do chocalheiro Francisco José e tio materno da criança, e Leonor Maria, filha de Diogo Fernandes e tia paterna da criança. Lv.12, fl. 93v

[1781-09-27]
Casamento de seu irmão Rodrigo Simão Farto
Seu irmão Rodrigo Simão Farto casa com Eugénia Maria Rosa, filha de Iria da Trindade e de Lourenço Fernandes. São testemunhas João Carvalho e Salvador António Vicente. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 20, fl. 98v]

[1782-03-24]
Baptismo de sua filha Esperança
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam sua filha Esperança, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos João Rodrigues Afonso, casado com Esperança Maria, e Luísa Antónia, prima paterna da criança, casada com Fausto Martins, todos moradores em Alcáçovas. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 116v]

[1784-09-13]
Baptismo de seu filho José [José do Carmo Velho]
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam seu filho José [José do Carmo Velho], na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos José Inácio de Santa Anna casado com Ana Joaquina de S. José. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 155]

[1786-12-03]
Baptismo de sua filha Ângela Maria
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam sua filha Ângela, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos João Dias de Carvalho, filho de João Dias de Carvalho e de Maria Dias Pasoa [Passão], e Ângela Joaquina, filha de José Carvalho e Teresa da Conceição. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 191]

[1788-03-30]
Baptismo de sua filha Esperança
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam sua filha Esperança [Maria Velho], segunda do nome, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinho Rev. Padre Francisco António Fernandes, ecónomo da Colegiada e Matriz de Alcáçovas. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 210v]

[1789-01-11]
Baptismo de seu filho Diogo [Diogo Fernandes Farto]
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam seu filho Diogo [Diogo Fernandes Farto], na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos o chocalheiro António Carvalho Sim Sim e uma tia da criança, Vitória Maria. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 221v]

[1790-08-08]
Testemunha de casamento
Manuel Velho é testemunha do casamento de Francisco da Silva, filho de Francisco da Silva e de Ana Teresa, com Ana Maria, viúva de João Martins. Foi também testemunha Jacinto Martins, casado com Maria Josefa. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 21, fl. 12]

[1791-03-06]
Baptismo de sua filha Maria [Maria Brizida]
Manuel Velho e sua esposa, Brizida Maria, baptizam sua filha Maria [Brizida], na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, neta paterna de Diogo Fernandes e Maria Velha, e materna do chocalheiro Francisco José e de Esperança Maria, todos naturais de Alcáçovas, sendo padrinhos António Luís Correia Meno, Alferes dos Auxiliares da vila de Alcáçovas, ?e tocou em huma prenda da Sinhora da Conceição, Diogo José Correia? (filho de José Fernandes Farto, tio paterno da criança). [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 258]

[1792-05-06]
Casamento de sua sobrinha Maria Joaquina Correia
Maria Joaquina Correia, filha de seu irmão José Fernandes Farto e de Teresa de Jesus, sobrinha de Manuel Velho, casa com o chocalheiro João António [Passão], viúvo de Esperança Genoveva e irmão de Brizida Maria, todos naturais de Alcáçovas, sendo testemunhas Carlos José Rosado e António Luís Correia Meno. [A.D.E., Livro de Casamentos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 21, fl. 25]

[1792-05-25]
Referência à sua casa, sita na Rua do Passo, em Alcáçovas
A casa de Manuel Velho, situada na Rua do Passo, em Alcáçovas, é referida em escritura de compra e venda de uma morada de casas e de foro sobre uma outra casa que compra Luís Jacinto Fragoso a Ricardo Barreto e sua mulher Joana Clara Barrela, da vila de Setúbal, uma vez que confronta com a segunda: ?(?) humas casas na Rua de Alcácer e quatrocentos reis de foro anual emposto (?) em huma casa em que se recolhe a azeitona pertecente ao dizimo da colegiada da matriz, sita na Rua do Paso que parte com a mesma rua da parte do poente e da parte do Sul com casas de Manoel Velho xocalheiro e do norte com armazém de azeite do capitam Carlos José Rosado e assim mais humas casas que constão de dois sobrados e todas as mais contíguas humas às outras com seu quintal poso e cavaleiriça sitas na Rua de Alcácer que partem do norte com a dita rua e do nascente com casas de Antonio José Goucha mestre ferreiro e do poente com casas ncom casas nobres do mencionado e ilustríssimo Luís Jacinto Fragoso (?)?.

[1792-10-07]
Padrinho de baptismo
Manuel Velho é padrinho de baptismo de Esperança, filha do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, neta paterna de José Carvalho e de Teresa da Conceição e materna de António Vicente e de Rosa Maria, todos naturais de Alcáçovas, sendo madrinha Francisca Teresa, tia paterna da criança. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 291v]

[1793-04-30]
Realiza permuta de propriedades com seu irmão Rodrigo Simão Farto
Manuel Velho e sua mulher, Brizida Maria, permutam com seu irmão e cunhado Rodrigo Simão Farto e respectiva mulher, Eugénia Maria, parte de uma vinha por um olival situados no Vale de Alcácer, a qual havia sido separada para pagar dividas de seus pais, já falecidos, conforme descrito no acto notarial: ?(?) permuta de um olival no sitio de val de Alcácer ? e parte o dito olival do puente com olival dos herdeiros de Manoel Martins oficial de chocalheiro e do sul com a estrada de alcácer e do norte com terra de Ignez Velha e do nascente com terra do mesmo seu irmam Manoel Velho e sua mulher Brizida Maria que elles pessoião hua vinha no sitio do val de Alcácer a qual tinha ficado separada pera as dividas contraídas pellos pais do dito Manoel Velho e por falecimento dos mesmos se obrigou as mesmas e as pagou e parte desta dita vinha Promuta com seu Irmam Rodrigo Simão Farto com o mensionado olival asima declara

[1793-09-08]
Baptismo de sua filha Rosa [Joana Rosa]
É baptizada a sua filha Rosa [Joana Rosa] na igreja de São Salvador de Alcáçovas, sendo padrinhos Francisco Carvalho dos Santos, casado com Catarina Nunes da Rosa, e Catarina Joaquina, tia paterna da criança. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 12, fl. 307v]

[1794-11-23]
Testemunha de arrematação
Manuel Velho assina como testemunha o termo de arrematação da marchantaria para o ano de 1795, produzido pela Câmara de Alcáçovas, sendo arrematante Gregório Pires. [A.P.A., Livro de Arrematações e Rendas (1787-1803), Lv. 123, fl. 28]

[1800-1804]
Processo de Habilitação ?De Genere? de seu sobrinho José Cláudio Fernandes Farto
Decorre o processo de habilitação ?de Genere? de seu sobrinho José Cláudio Fernandes, filho de Rodrigo Simão Farto e de Eugénia Maria Rosa, neto paterno de Diogo Fernandes e de Maria Velho e materno de Lourenço Fernandes Pajote e de Iria da Trindade, para ser admitido a Prima Tonsura, a Ordens Menores e Ordens Sacras. O dote é dado pelo seu padrinho de Baptismo, Manuel Estanislau Fragoso de Barros, deputado do concelho geral do Santo Ofício da Inquisição. O habilitando foi também familiar do Santo Ofício da Inquisição. [A.D.E., Mç. 159, Proc. 1232]

[1801-1804]
Processo de Habilitação ?de Genere? de seu sobrinho António José Correia
Decorre o processo de habilitação ?de Genere? de seu sobrinho António José Correia, filho de José Fernandes Farto e de Teresa de Jesus Correia, para ser admitido a Prima Tonsura, a Ordens Menores e Ordens Sacras. [A.D.E., Mç. 159, Proc. 1234]

[1810-01-06]
Ingresso de sua filha Esperança Maria na Ordem Terceira
Esperança Maria, filha de Manuel Velho e de Brizida Maria, ingressa na Venerável Ordem Terceira da Penitencia de Alcáçovas. [A.P.A., Livro de Receições, Profições e acórdãos dos irmãos da 3ª Ordem da Penitência da Vila das Alcáçovas, 1673-1879, fl. 274v]

[1811-05-13]
Vende um ?curralinho com suas oliveiras?
Manuel Velho ?oficial de Xocalheiro? e sua mulher Brizida Maria vendem a Tomé Joaquim, almocreve, um ?curralinho com suas oliveiras?, situado no sítio da Estanquinha, junto ao caminho para o Poço Novo, em Alcáçovas, pela quantia de 96 mil réis, o qual haviam herdado do sogro e pai, respectivamente, o chocalheiro Francisco José. É testemunha do acto notarial o chocalheiro António José. [A.D.E., Registos Notariais de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 11-12]

[1811-07-09]
Referência à sua casa sita na Rua do Passo
A sua casa situada na Rua do Passo é referida em descrição de confrontações em escritura pública relativa à compra de uma morada de casas localizada na mesma rua, ?foreiras à Confraria de Nossa Senhora da Assunção da Matriz?, que compra Joaquim Alberto a Simão Gomes Paulo e sua mulher Rosa Gomes Feria ?hespanhois?: ?partem e confrontam do poente com a dita Rua, do norte, sul e nascente com casas e quintais de Manuel Velho e de Esperança Carvalha, viúva?. [A.D.E., Registos Notariais de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 19]

[1811-11-30]
Referência a olivais sua propriedade
São referidos uns olivais pertencentes a Manuel Velho, localizados no sitio de Vale de Alcácer (termo de Alcáçovas), em descrição de confrontações em escritura pública e compra e venda de um olival, aí localizado, que comprou Rodrigo Simão Farto, seu irmão, a Francisco Carvalho dos Santos e sua mulher Mariana Felizarda, o qual ?confronta do nascente com olivais de Manoel Velho?. [A.D.E., Registos Notariais de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 46]

[1813-01-01]
Fiador em arrematação
Manuel Velho ?oficial de xucalheiro? assina como fiador o termo de arrematação da Siza do ano de 1813 produzido pela Câmara de Alcáçovas, sendo arrematante Vitorino José Abrantes. [A.P.A., Livro de Arrematações e Rendas (1803-1825), Lv. 132, fl. 29v]

[1819-02-14]
Eleito Juiz de ofício de chocalheiro
A Câmara de Alcáçovas reúne e procede à eleição de juízes e escrivães, de cada uma das classes, tendo sido eleitos com a maior pluralidade de votos, para o ofício de chocalheiro, o Juiz Manuel Velho, sucedendo a António Carvalho Sim Sim, e para escrivão do mesmo ofício, José do Carmo Velho (seu filho). [A.P.A., Livro de actas de vereação da Câmara de Alcáçovas (1803-1821), Lv. s/n, fl. 60]

[1819-12-20]
Vende um olival com terra de semear
Conforme atesta escritura pública, Manuel Velho e sua mulher Brizida Maria vendem um olival com sua terra de semear a Francisco Carvalho de Assunção, denominado Vale de Alcácer e situado no sitio do mesmo nome. Assina o seu nome. [A.D.E., Registos Notariais de Alcáçovas, Lv. 20, fl. 34-35]

[1821-02-08]
Baptismo de seu neto António
Baptismo de seu neto António [Carvalho Sim Sim] na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de sua filha Maria Brizida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, neto paterno de António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos da criança o seu tio materno José do Carmo [Velho], e Francisca Joana, filha de Manuel José Fortunato e de Maria Violante. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 15, fl. 175-175v]

[1823-09-09]
Permuta com seu filho, José do Carmo Velho
Realiza-se escritura pública de permuta de um olival por uma morada de casas entre José do Carmo Velho, solteiro, e seus pais, Manuel Velho e Brizida Maria, ?com consentimento de todos os mais seus filhos e irmãos no decurço desta ao diante nomeados, todos moradores na mesma vila (?) Esperança Maria, solteira, Ângela Maria, viúva, Joana Rosa, solteira, Maria Brizida, casada com António Carvalho [Sim Sim II], e Diogo Fernandes [Farto] casado com Maria de Jesus. José do Carmo dá um olival situado no sítio do Matinho, coutos da vila de Alcáçovas, ?que houve por compra a Angélica Correia, que confronta do nascente e sul com fazenda de seus pais, do norte com azinhaga ou serventia publica e do poente e mais sul com terra do dito Matinho?. Em troca, seus pais, Manuel Velho e Brizida Maria, cedem-lhe uma morada de casas sita na Rua Nova, ?que houveram por herança de seu filho mais velho, Francisco Velho, que constam de seis casas térre

[1826-04-23]
Baptismo de sua neta Maria
Baptismo de sua neta Maria na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filha de seu filho José do Carmo Velho e de Catarina Antónia, neta materna de ???, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos da criança??... [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 27v]

[1827]
Feitura de testamento VER
Manuel Velho faz o seu testamento, ficando como testamenteiro António Correia Meno. [A.D.E., Colecção de Testamentos, 06833]

[1827-04-30]
Baptismo de seu neto Luís
Baptismo de seu neto Luís, nascido no dia 15 de Abril, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de sua filha Maria Brizida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, neto paterno de António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos o chocalheiro Luís Felizardo de Carvalho, casado com Maria Joaquina, tio paterno, e Francisca Joana, solteira, filha de Manuel Fortunato e de Maria Violante. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 46v]

[1829-04-26]
Baptismo de seu neto Diogo
Baptismo de seu neto Diogo [Diogo José Velho] na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, nascido a 15 de Abril, filho de seu filho José do Carmo Velho e de Catarina Antónia, neto materno de Francisco de Mira e de Maria de Jesus, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos Francisco José, filho de José Nunes e de Antónia de Mira, e Maria de Jesus, casada com Diogo Fernandes Farto, tio paterno da criança, moradores em Alcáçovas. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 73v]

[1829-12-25]
Baptismo de seu neto Manuel
Baptismo de seu neto Manuel [Carvalho Sim Sim] na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de sua filha Maria Brizida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, neto paterno do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos Diogo José Fernandes, tio materno, casado com Maria de Jesus, e Mariana Joaquina, solteira, filha de Manuel José Fortunato e de Maria Violante. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 16, fl. 82v]

[1831-11-07]
Baptismo de seu neto Francisco
Baptismo de seu neto Francisco [Carvalho Sim Sim], nascido a 24 de Outubro, filho de sua filha Maria Brízida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, neto paterno do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos Diogo José Fernandes e Esperança Maria Velho, tios maternos da criança e também moradores em Alcáçovas. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 17, fl. 6]

[1833-09-05]
Baptismo de seu neto Benjamim
Baptismo de seu neto Benjamim na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de sua filha Maria Brízida e do chocalheiro António Carvalho Sim Sim, neto paterno do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos os tios maternos Diogo José Fernandes, casado com Maria de Jesus, ?e tocou com huma prenda a Nossa senhora da Esperança?, e José do Carmo, casado com Catarina Antónia. Falece durante o primeiro ano de idade. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 17, fl. 29v]

[1833-11-05]
Baptismo de sua neta Inês
Baptismo de sua neta Inês na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filha de seu filho José do Carmo Velho e de Catarina Antónia, neta materna de Francisco de Mira e Maria de Jesus, todos naturais de Alcáçovas. Foram padrinhos Francisco Joaquim Pantoja Pimentel Cardenes, casado com D.ª Felizarda Joaquina Figueira, e João Maria Correa Meno filho de António Luís Correia Meno e de Jerónima Caetana de Andrade ?que tocou em huma prenda de Nossa Senhora da Esperança?, também naturais e moradores em Alcáçovas. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 17, fl. 30v]

[1835-01-22]
Baptismo de seu neto Francisco
Baptismo de seu neto Francisco na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de seu filho o chocalheiro José do Carmo Velho e de Catarina Antónia, neto materno de Francisco de Mira e de Maria de Jesus, todos de Alcáçovas. Foram padrinhos o chocalheiro Diogo Fernandes Farto, tio paterno da criança, e o Reverendo Padre António José Correia. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 17, fl. 52v]

[1835-01-26]
Baptismo de seu neto Benjamim
Baptismo de seu neto Benjamim [da Conceição Sim Sim], nascido no dia 16 de Janeiro, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho segundo do nome do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Maria Brizida, sua filha, neto paterno do chocalheiro António Carvalho Sim Sim e de Mariana Teresa, todos de Alcáçovas. Foram padrinhos o Reverendo Padre António José Correia e o chocalheiro José do Carmo Velho, tio materno da criança. [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 17, fl. 54]

[1848-12-28]
Baptismo de seu neto José [do Carmo Velho]
Baptismo do seu neto José [do Carmo Velho], nascido a 22 de Dezembro, na Igreja de São Salvador de Alcáçovas, filho de seu filho José do Carmo Velho e de Catarina Antónia, neto materno de Francisco de Mira e de Maria de Jesus. Foram padrinhos?..??? [A.D.E., Livro de Baptismos de São Salvador de Alcáçovas, Lv. 34, fl. 195v]

[1855]
Ingresso de sua filha Joana Rosa na Ordem Terceira
Sua filha Joana Rosa, solteira, toma o hábito da Venerável Ordem Terceira da Penitencia de Alcáçovas. [A.P.A., Livro de Receições, Profições e acórdãos dos irmãos da 3ª Ordem da Penitência da Vila das Alcáçovas, 1673-1879, fl. 86-86v]