Síntese final
A importância do inventário para a salvaguarda do património, para o conhecimento produzido sobre ele e, consequentemente, para a sensibilização de todos os agentes que com ele lidam, e que dele usufruem, é hoje plenamente reconhecida e cumpre as recomendações das principais cartas de património internacionais.
O presente texto reflecte uma prática de trabalho de inventário de azulejo in situ, apresentando um conjunto de soluções (metodologias, vocabulário controlado e técnicas fotográficas) que tem por objectivo a uniformização de procedimentos, indispensável na utilização de inventários digitais. A disponibilização de bases de dados possibilita o acesso à informação por um muito maior número de pessoas, potenciando o cruzamento de dados e, no caso da azulejaria portuguesa, tão permeável às influências externas, esta pode ser uma via de grande importância para o diálogo intercultural. Na verdade, as novas tecnologias têm influência não apenas na forma de transmitir os conteúdos mas também na própria forma de trabalhar.
Este Guia de Inventário do Azulejo in situ constitui apenas um passo no sentido desta uniformização, que se pretende alargada, integradora e colaborativa. Como tal, convidamos os interessados a contribuir para a discussão e para a revisão a que estes procedimentos devem ser sujeitos.