PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS (1571)

A procissão do Corpo de Deus de 1571 (Qunta-feira, 7 de Junho) teve lugar depois de publicado o diploma conhecido por "Regimento dos Capitães-Mores" (10 Dezembro de1570). Este estipulava que os principais exercícios militares ocorressem "em Domingo ou dia santo".

Fontes primárias:
Góis, Damião, Descrição da cidade de Lisboa, Lisboa, Livros Horizonte, 1988;
Pedro Roiz Soares, Memorial, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1953;
Regimento dos Capitães mores e mais capitães e oficiais das companhias da gente de cavalo e de pe e da ordem que terão em se exercitarem, in Borrego, N., «as ordenanças e as milícias em Portugal», Lisboa, Guarda-Mor, 2006.
Bibliografia:
Gshwend, Annemarie Jordan, Reconstrtucting the Rua Nova: the life of a globel street in Renaissance, in «The Global city. On the Streets of Renaissance Lisbon», 2015;
História de Lisboa. Tempos fortes, Lisboa, GEO, 2009;
Serrão, Joaquim Veríssimo, Itinerários de El-Rel D. Sebastião (1568-1578),, Coimbra, Imrensa da Universidade, 1987;
https://amusearte.hypotheses.org/2116.

Sé de Lisboa


"El Rey veio para a Sé donde havia de sair a procissão"
NA manhã do dia 14 de Junho, o rei D. Sebastião terá saído do paço e dirigiu-se à Sé, passando pelas companhias que "se ajuntaram todas por ordem naquela rua naquela rua Nova". Enquanto passavam pelas companhias, os soldados faziam fogo com os arcabuzes, "de maneira que (...) os fidalgos se agastavam com tanto disparar"
Roiz, 1953, p.51
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Rua Nova dos Mercadores


"Começaram as bandeiras a marchar a caminho do Rossio", com o "el rei detrás com toda a fidalguia". 
Roiz, 1953, p.51[+]

Rossio


"De uma parte e outra  estava todo o Rossio cercado de bandeiras e ordenanças".
Chegado o cortejo ao Rossio, "disparou a arcabuzaria de maneira  que fez desordenar a procissão, e cada um a mais correr trabalhar por chegar a são Dominigos" [igreja]. No meio da confusão, "deu uma faisca dentro do polvorinho de um soldado"; explosão matou o homem e feriu outros.
Roiz, 1957, p.51[+]