Exemplo 1 | Lisboa, Hospital de São José, Aula da Esfera
Fotografia : Libório Manuel Silva
Esquema 1 | Divisão de uma parede em níveis e secções
Esquema 2 | Divisão de um tecto
Exemplo 2 | Arraiolos, Igreja do Convento dos Lóios, nave
Exemplo 3 | Barcelos, Igreja do Terço
Exemplo 4 | Lisboa, Hospital de Santa Maria, actual Capela | Fotografia: Jorge Guerra Maio
2. Revestimento azulejar | orientação [PLANTAS, ALÇADOS E TECTOS]
LEITURA EM PLANTA
Nos interiores, a avaliação do espaço deve ser feita da esquerda para a direita, a partir da entrada. Ou seja, o inventário deve ser efectuado parede a parede: quando se entra num determinado espaço, a primeira parede é a que fica à esquerda e a última a que corresponde à entrada.
Exemplo 1
Lisboa, Hospital de São José
Planta do espaço com indicação dos números de cada parede e de cada secção
LEITURA EM ALÇADO
O revestimento deve ser lido, verticalmente, por níveis (de baixo para cima) e, horizontalmente, por secções (da esquerda para a direita), que podem corresponder a secções figurativas, ornamentais ou a áreas de padrão.
NOTA
Mesmo que exista um programa iconográfico de fácil identificação e que implique outra organização de leitura, a ordem agora sugerida deve ser mantida, de forma a garantir a consistência de dados do inventário. A leitura do programa deve ser remetida para um campo específico, pois corresponde a um nível interpretativo e não descritivo
Cada parede pode ter secções (figurativas ou de padrão) que podem estar distribuídas por níveis, conforme o esquema 1.
Nível: Sequência de leitura das secções, organizada verticalmente, de baixo para cima.
Secção: Área figurativa ou de padronagem, delimitada por emolduramento ou por outros elementos.
Exemplo 2
Arraiolos, Igreja do Convento dos Lóios, nave
Esquema de leitura da parede 1
Exemplo 3
Barcelos, Igreja do Terço
Esquema de leitura da parede 2
Exemplo 4
Lisboa, Hospital de Santa Maria, actual Capela
Esquema de leitura da parede 1
Existem outros casos em que cada secção, definida pelo respectivo enquadramento, apresenta mais do que uma composição figurativa autónoma. Nestes exemplos, os artistas usaram, entre outros motivos, árvores ou paisagens como elementos de separação das cenas. O inventário deve registar a totalidade da secção, preservando assim a unidade do conjunto definido pelo enquadramento, mas separar as cenas figurativas recorrendo a letras:
Secção 1a, secção 1b e assim sucessivamente.
LEITURA DE TECTOS
Os tectos devem obedecer às regras de leitura definidas para as paredes. Todavia, os que são divididos num reticulado mais complexo, por exemplo, com três fiadas, devem ser registados de acordo com o esquema 2.